Como fica a transformação digital no pós-pandemia?
Quantas pessoas passaram a realizar compras online durante a pandemia? Quantas condomínios investiram em portarias remotas? E quantas recepções passaram a atender às pessoas através de totens de autoatendimento com leitura facial integrada? O fato é que a pandemia surpreendeu a todos e, para se adaptar às restrições necessárias, a sociedade se apoiou na tecnologia enquanto esperava a imunização. A vacina chegou, mas este legado tecnológico continua e, ao que tudo indica, se tornará o ponto de partida para uma sociedade conectada.
Há tempos entramos na era digital, mas é inegável que a realidade do isolamento nos obrigou a abrir espaço para conexões digitais no trabalho, na escola, nos bancos, no mercado corporativo. Estas soluções não são invenções recentes, mas frutos do ecossistema de inovação que possibilitou uma telecomunicação cada vez mais veloz, resoluções de câmeras cada vez mais potentes e analíticos de vídeo que ajudaram a reconhecer pessoas mesmo com as máscaras.
Agora, quase que simultâneo à vacinação, o leilão do 5G abriu um novo capítulo na história das empresas de tecnologia brasileiras. Além das novas soluções que dobram a esquina, a 5ª geração da internet tornará as soluções que formam este legado construído nos últimos dois anos ainda mais abrangentes e importantes para a operação logística, de segurança, atendimento de residências, condomínios e empresas, seja em áreas urbanas ou no campo.
Além das altas velocidades, a queda na taxa de latência que o 5G oferece, possibilitará a exploração total da capacidade de sistemas e operações que exigem respostas de comando em tempo real, por exemplo. O uso da inteligência artificial também será privilegiado e deve facilitar a integração de aplicações em locais remotos, onde antes o custo de infraestrutura necessário para a operação inviabilizava quaisquer projetos.
Aliado a isso, espera-se que haja mudanças significativas no cenário do e-commerce e no comércio presencial, com a popularização de equipamentos de autoatendimento, assim como cada vez mais redes focadas em autosserviço, estabelecimentos em que a presença física de funcionários trabalhando em tempo integral se torna desnecessária. Nesse sentido, o emprego de softwares de monitoramento será preponderante para viabilizar este tipo de comércio.
Outra grande mudança será a utilização de controles de acesso com reconhecimento facial ou reconhecimento de íris, trazendo à tona o uso em série das soluções touchless que foram amplamente abordadas durante a pandemia, uma vez que as superfícies de contato se tornaram ameaças à saúde. Agora, esta tendência ganha força não mais pelo medo do contágio, mas pelas camadas adicionais de segurança que oferecem. Assim, caminhamos em direção às cidades inteligentes e integradas.
Rogério Camargo, CEO da Alarmtek.
Texto por: TI Inside | www.tiinside.com.br