Mas, como que a internet é abastecida com tanto conteúdo se nem todos os sites realizam vendas?
Já é sabido que grande parte da receita dos sites vem de publicidade, mas como funciona essa monetização?
Vale à pena ter um site?
O conteúdo abaixo aborda esse tema com detalhes.
Sites de Vendas – O Produto como Responsável pelo Faturamento
O perfil de sites mais fácil de compreender é o site de vendas, que pode, ou não, ser um e-commerce.
O e-commerce é uma loja virtual, que dispõe de uma gama de produtos e já é muito conhecido pela população brasileira.
O outro caminho é a criação de landing pages ou páginas únicas que anunciam um produto, no detalhe, e utilizam diversos tipos de calls to action (chamadas para ação) para conduzir o cliente à compra.
Um exemplo que esclarece isso é um e-commerce que vende pasta de dentes dentro do site.
Todas as pastas de dentes terão páginas muito parecidas, com foto do produto, descrição e botão de compra.
A loja não faz um esforço de marketing efetivo dentro da página para realizar a venda.
Uma landing page, ou um site único, vai apresentar um produto de clareador dental com fotos de antes e depois de pessoas que o utilizaram por um certo período, vídeos demonstrativos de como usar, benefícios destacados em comparação a produtos de outras marcas e outros gatilhos de marketing fazendo com que a venda seja muito mais ativa.
Compreender como o e-commerce e páginas de vendas são remuneradas não é complexo, visto que o objetivo final está claro desde o início do contato do usuário da página com o conteúdo, mas, como sites de informação, que não realizam vendas, conseguem ganhar dinheiro?
Sites de Informação – Monetização por Anúncios
O usuário faz uma busca aleatória, sobre “sonhar com aranha” ou “como saber meu número de telefone”, e em apenas alguns milésimos de segundo, o buscador retorna centenas ou milhares de opções de respostas.
Mas, quem desenvolveu um site, escreveu um conteúdo, buscou posicionamento nos buscadores, paga mensalmente pela hospedagem do site, resolve questões técnicas de otimização periodicamente, para, simplesmente, responder perguntas gratuitamente para pessoas desconhecidas?
No início da expansão da internet no Brasil muita gente acreditava, de fato, na gratuidade do conteúdo, sem interesse financeiro algum por parte dos fornecedores.
Por volta de 2010, época do “boom” da blogosfera, era, de fato, muito comum que as pessoas escrevessem e desenvolvessem conteúdo por interesse social, lazer, descontração e experimentação de novos canais de comunicação.
Conforme a internet foi se popularizando e ganhando cada vez mais presença na área comercial das empresas, o cenário mudou e ganhar dinheiro na internet se tornou o novo garimpo do ouro.
Muita gente estava em busca de encontrar sua pepita e foi aí que ferramentas como o AdSense e o Bing Ads começaram a fazer parte da maioria absoluta dos sites de informação e conteúdo disponíveis na internet.
Tanto o Adsense quanto o Bing Ads e outras ferramentas que realizam o mesmo tipo de gerenciamento de publicidade anunciada em sites, funcionam na modalidade Pay Per Click, ou seja: cada vez que um usuário do site realiza um clique em um banner ou propaganda exposto através da ferramenta, o titular do site é remunerado em dólar.
Em geral, cada clique vale alguns centavos de dólar, o que, atualmente, pode representar alguns reais, dependendo do tipo de anúncio e de site que está oferecendo o espaço para publicidade.
Sites de Nicho – O Patrocínio como Fonte de Receita
Sites de nicho são aqueles que abordam um único tema ou diversos temas correlatos a um mesmo assunto.
Um site sobre empreendedorismo, por exemplo, pode abordar temas relacionados à administração geral de negócios e adentrar em temas mais específicos, sobre como montar uma franquia açaí ou criar um produto digital.
Pode ser monetizado através de anúncios como os do AdSense e outros de empresas similares, mas tem uma possibilidade de receita bem mais interessante através de empresas anunciantes do próprio segmento que queiram divulgar sua marca ou produto.
Esses contratos podem ser negociados por mensalidade ou pagamento à vista pela exibição de um banner durante algum período específico, por exemplo.
Um site que trate de assuntos de viagens, intercâmbio ou atenda o interesse de pessoas que desejam se mudar para o exterior, pode conseguir realizar todos os tipos de publicidade já citados neste artigo e ainda vender espaço dentro de conteúdos que abordem um tema muito mais específico.
Exemplo: Um conteúdo sobre tirar NIF em Portugal, não é um assunto que será pesquisado de forma aleatória por qualquer pessoa.
Quem chega a um conteúdo como este, está a um passo de realizar uma ação.
Quem oferece suporte a este tipo de serviço, tem em uma página como essa, o melhor lugar para instalar sua publicidade. O contato ali é direto com o público alvo e por isso, a valorização do espaço publicitário é bem maior do que seria em uma página aleatória.
Nesse caso, o valor não está na quantidade de tráfego e sim, na qualidade.
Considerações Finais
Ter um site, na maioria dos casos, é possuir um canal de receita recorrente e, quase sempre, crescente, no entanto, vale salientar que é consideravelmente mais difícil do que grande parte das pessoas acredita ser.
Não basta desenvolver um site, incluir ferramentas de exibição de anúncios e começar a publicar conteúdo para que o faturamento comece a acontecer.