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Como usar a tecnologia para ter inteligência financeira e gestão no seu e-commerce

Além da gestão financeira, a tecnologia certa ajuda a controlar estoque, logística, sistemas de gestão, abandono de carrinho e a conciliação financeira entre e-commerces e marketplaces.

Em um ano de restrições causadas pela pandemia da COVID-19, as vendas do e-commerce no Brasil cresceram 41% em relação a 2019, atingindo R$ 87,4 bilhões, de acordo com dados do Webshoppers 43 Ebit e Nielsen & Bexs Banco. A quantidade de pedidos apresentou alta de 30% em relação ao ano anterior, atingindo 194 milhões de pedidos graças, em grande parte, ao frete grátis, que representou 43% de todas as compras.

Outra tendência relevante, segundo o relatório Recovery Insights da Mastercard, foi o crescimento do varejo essencial, que tinha uma participação digital pequena e registrou um dos maiores ganhos à medida que os consumidores foram se adaptando. A tendência é que para supermercados e lojas, os ganhos digitais poderão ser permanentes.

O aumento na demando por serviços online também impulsionou uma maior inclusão financeira, já que criou uma nova necessidade por pagamentos digitais para a parte da  população que não comprava online anteriormente. Os setores financeiro e varejista ganharam uma janela de oportunidade e passaram a oferecer novos serviços para transações de pagamento, de modo a facilitar o acesso a formas de transações financeiras e crédito.

Os desafios de vender pela Internet

Para Airton Ribeiro, Analista de Suporte do Koncili, plataforma líder na conciliação de repasses dos marketplaces, criado e desenvolvido pelo Grupo DB1, “o gerenciamento de uma loja virtual é muito mais complexo do que a sua criação. É preciso estar atento ao mix de produtos, fornecedores, precificação, faturamento, expedição de pedidos, frete e rentabilidade, além de uma série de outros fatores”.

Um dos pontos de maior dificuldade costuma ser a gestão de estoque. Esse processo inclui entradas e saídas, armazenamento adequado para cada material e um equilíbrio constante entre oferta e demanda. E mesmo o frete, que normalmente é realizado por empresas terceirizadas, também apresenta potencial para problemas, como o extravio ou a devolução.

Para Airton, “é fundamental acompanhar de perto as movimentações de estoque e o giro das mercadorias, com atenção especial ao estoque mínimo e máximo recomendado para cada produto. A validação entre o que consta nas notas fiscais e o que está efetivamente disponível por ser feita através do processo de conferência cega”.

Uma das estratégias mais assertivas em termos de gestão de estoque é o chamado estoque de antecipação, na qual o lojista antecipa a compra ou fabricação de itens com demanda sazonal previsível como datas comemorativas. Já o estoque de proteção, que consiste em aumentar o estoque de modo a evitar uma interrupção no abastecimento, é indicado quando há possibilidade de aumento de preços (especialmente em moeda estrangeria), aumento súbito de demanda, atraso ou indisponibilidade no fornecedor, tempo de produção elevada e risco de ruptura.

Outras estratégias de sucesso incluem o estoque de ciclo, que intercala a produção e não compromete a oferta do catálogo, o dropshipping, na qual a loja vende itens disponíveis no estoque do fornecedor, e o estoque consignado, na qual o fornecedor disponibiliza um estoque de produtos para que o lojista os armazene e comercialize. Nessa modalidade os itens não vendidos podem ser devolvidos sem nenhum custo e a reposição do estoque fica a critério do fornecedor.

Separação, envio e devoluções

A separação geralmente inclui uma conferência dos itens e quantidades. Dependendo da tecnologia utilizada pela empresa, ela pode ser realizada manualmente ou via leitor de código de barras. Se as mercadorias estiverem localizadas em um espaço maior, como um depósito, será preciso algum tipo de endereçamento logístico, incluindo a localização exata do item, como corredor, coluna e nível em que se encontra.

Já para a expedição do pedido, é necessário definir a transportadora, que pode ser motivada pela localização do destinatário, acordos com parceiros ou pelo próprio cliente, quando a modalidade de frete é indicada durante a compra. Os pedidos de uma determinada transportadora costumam ser enviados em lotes, enquanto as encomendas enviadas pelos Correios devem ser incluídas em um pré-lista de postagem, o que requer um contrato com os Correios.

Por outro lado, a devolução ou troca, conhecida como logística reversa, por mais que nunca seja o objetivo de qualquer empresa, deve ser feita com a máxima qualidade, pois é fundamental para manter o cliente satisfeito. Toda a logística reversa começa com um bom atendimento. Manter um SAC de qualidade permite que o cliente demore menos tempo para explicar a situação e efetuar a troca ou devolução, o que aumenta a satisfação. Aplicar a logística reversa com qualidade é importante não só para reduzir os custos associados, mas também para aumentar as chances de fidelização do cliente.

Abandono de carrinho

De acordo com um estudo realizado pela Barilliance em 2020, a taxa média global de abandono de carrinho em lojas virtuais é de cerca de 77,73%. O custo elevado do frete é responsável por 60% dos abandonos, já que muitas vezes o valor da entrega é igual (ou até mesmo superior) ao valor do próprio produto.

Uma forma de evitar esse problema é buscar empresas alternativas que façam a entrega do produto e oferecer a possibilidade de escolha ao cliente. Quando possível, a melhor opção é oferecer descontos ou frete grátis, disponível em alguns marketplaces. Neste caso, é importante levar em conta o preço final do produto ou de kits de produtos. Ou seja, quanto maior o valor da compra, maior a oportunidade de oferecer descontos no valor do frete ou até mesmo o envio gratuito dos itens.

Outro ponto de atenção deve ser a divergência de preços entre o anúncio e a página do produto. Segundo Rafael Parisotto, CEO do ERP para e-commerce Eccosys, “é comum que haja variação de preço entre SKUs, mas mostrar os valores com transparência é muito melhor do que tentar fisgar o consumidor com um valor menor”. Parisotto destaca ainda a importância da agilidade e praticidade no fechamento da compra. “28% dos abandonos de carrinho são causados por processos longos e complicados. Por isso, é preciso garantir um checkout simples e livre de erros. Negligenciar os detalhes pode gerar desconforto ou desconfiança no cliente, e essas sensações são cada vez menos aceitáveis na experiência de compra on-line”.

Conciliação financeira para marketplaces

De nada adianta controlar bem a parte logística do negócio se não houver uma boa gestão financeira, sobretudo quando o lojista vende em múltiplos canais. Para evitar prejuízos é importante observar atentamente as regras de cada marketplace, incluindo comissionamento, condições de pagamento e prazos para repasse. Ao não observar as particularidades dos marketplaces em que atua, o lojista pode estar comprometendo diversos pontos vitais para a saúde financeira do seu negócio, incluindo a precificação adequada dos produtos, o controle do fluxo de caixa, o cálculo da rentabilidade, a compra de mercadoria dos fornecedores, investimentos e tomadas de decisões, bem como a saúde geral do negócio.

De acordo com especialistas, a palavra-chave é conciliação, que consiste na verificação dos valores esperados com o que efetivamente foi recebido por cada pedido em cada um dos canais de vendas. Recomenda-se realizar a conciliação financeira pelo menos duas vezes ao mês, já que a maioria dos marketplaces repassa os pagamentos aos lojistas quinzenalmente. As datas mais indicadas são os dias 1 e 15 de cada mês.  Vale ressaltar que a dificuldade da tarefa, sobretudo quando feita manualmente com a ajuda de planilhas, depende da complexidade da sua operação. Quanto mais regras, exceções. Pedidos e marketplaces estiverem envolvidos, maior será o esforço necessário para conciliar os repasses.

A conciliação manual de repasses de marketplaces é repleta de detalhes e pontos de atenção, que podem tornar o processo de conferência das transações dos marketplaces bastante moroso e suscetível a erros. Neste sentido, a conciliação de repasses entre e-commerces e marketplaces via software pode simplificar muito o trabalho. Basta inserir uma planilha no sistema para obter em extrato da conciliação, apontando as divergências identificadas de forma clara e precisa. É importante considerar o quanto gastaria hoje com o processo manual (horas de um ou mais colaboradores) e comparar com o investimento mensal no software.

Nesse cenário virtual de imensa complexidade, não é surpresa que a tecnologia seja a maior aliada do lojista. Do sistema ERP integrado ao serviço de conciliação automática de repasses de marketplaces, os profissionais de e-commerce contam com soluções confiáveis para eliminar tarefas repetitivas. Para Cássio Serea, Diretor do Koncili, “o segredo está em identificar as ferramentas mais apropriadas para as necessidades da empresa. Desta forma, o gestor conseguirá ter mais previsibilidade nos processos, máximo desempenho na operação e melhor custo-benefício para vender sem medo”.

Texto por: Paranashop | www.paranashop.com.br

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fbenevides 28 de maio de 2021 0 Comentários

Velha discussão: Lojas virtuais podem acabar com Lojas físicas ?

Mais de 20 milhões de brasileiros descobriram o e-commerce no último ano. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) houve um crescimento de 68% no setor, R$ 126,3 bilhões em faturamento e mais de 300 milhões de pedidos. Com isso, fica o questionamento: as lojas virtuais vão “matar” as lojas físicas?

É inegável o boom das compras feitas no e-commerce, mas as compras via lojas físicas ainda são predominantes, ao menos no Brasil – na China, durante a pandemia, o e-commerce superou os concorrentes físicos pela primeira vez na história.

Segundo Yan Cericatto, Diretor de Operações da BW Commerce, o crescimento do e-commerce deve-se muito à aceleração da migração dos consumidores para o digital, como consequência do contexto da pandemia. Diante deste cenário, muitas empresas que não estavam presentes no e-commerce, encontraram uma oportunidade de manter suas operações.

A resposta definitiva só teremos nos próximos anos. O que existe atualmente são estudos, tendências e análises especializadas que apontam que o futuro é cada vez mais virtual, mas há cautela ao prever o fim dos estabelecimentos varejistas.

O declínio das lojas físicas

Desde 2008, os Estados Unidos já vinha enfrentando um declínio de seus malls (como são chamados os shopping centers por lá). No fim de 2019, houve recorde de vacância neste tipo de estabelecimento, segundo números divulgados pela Reis Moody’s Analytics.

A Fast Company já dá como certa a decadência desses espaços. As sucessivas crises – 2008, 2015 e 2020 – fizeram o consumo diminuir, e as lojas de departamento, que ancoram os shopping centers, perderam faturamento, fazendo com que elas se retirassem das cidades pequenas e médias.

Com a pandemia de Covid-19 e as medidas de isolamento, que tornaram inviável a permanência de milhares de pessoas em um ambiente fechado, o processo pode se acelerar. Um relatório do banco Credit Suisse datado de 2017 já previa que um quarto deste tipo de estabelecimento fecharia em 2022.

De acordo com a ABComm, o Brasil registrou 107 mil lojas virtuais abertas entre 23 de março e 31 de abril do ano passado. No entanto, dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontam que 75 mil estabelecimentos comerciais fecharam as portas em 2020.

O que explica este cenário é, principalmente, o impacto da pandemia e a força do e-commerce.

De um lado, houve recuo das vendas físicas, principalmente no início da pandemia, quando o isolamento social atingiu índices de 47%. O receio de novas restrições para conter a circulação do vírus também preocupa o comércio varejista tradicional. Do outro, houve uma necessidade de migrar para o online para sobreviver à crise, atendendo à crescente demanda no digital.

Em paralelo, mais um dado que contribui para dar dimensão do crescimento do e-commerce: em 2020, só a B2W, dona das marcas Submarino, Americanas.com e Shoptime, viu a sua receita líquida avançar 52%, e o volume total que foi movimentado nos sites, saltou 47,6% (R$ 27,7 bilhões). Seus concorrentes diretos, Mercado Livre e Magalu, tiveram desempenho ainda melhor.

O futuro é multicanal

Embora cada vez mais completa, a experiência de adquirir um bem pela internet é completamente diferente de fazer uma visita à loja física, mas cada uma tem suas vantagens. Por isso, sairão na frente os varejistas que forem capazes de atrelar os canais virtuais e presenciais.

Este fenômeno já está acontecendo. Um estudo da ABComm e outro da Ebit/Nielsen concluíram que empresas tradicionais do varejo, como Casas Bahia, vendem mais na internet do que as que nasceram totalmente digitais, como a Netshoes.

Ou seja, as lojas tradicionais são complementares às plataformas de e-commerce e não devem ser consideradas concorrentes.

Ainda para Yan, a verdade é que o novo consumidor prioriza facilidade em informações referentes à marca, produto ou serviço que buscam. Por isso, as empresas que entenderem a importância de ser Phygital (ou figital, ou seja física e digital), poderão proporcionar uma experiência de compra única, independente da origem.

Não é à toa que até mesmo marcas que estrategicamente estavam fora dos canais digitais, como as premium, estão investindo no online. A Michael Kors, por exemplo, que antes só operava nos mais luxuosos shoppings das grandes cidades do país, inaugurou seu primeiro e-commerce para o Brasil e América Latina em 2021.

As operações nas lojas físicas já começaram a ser repensadas. As lojas de departamento, por exemplo, têm oferecido opções mais dinâmicas e interativas a seus clientes. Agora é possível conferir uma informação sobre o produto a partir de um QR Code presente na etiqueta, comprar pelo site e retirar o item no estabelecimento mais próximo e até mesmo comprar um produto online em totens instalados dentro da loja física.

Estes são alguns exemplos que mostram que as lojas físicas não vão desaparecer. O consumidor ainda vai conseguir “dar só uma olhadinha” nos itens à disposição.

A novidade é o modelo híbrido na hora de concretizar as compras. Com as pesquisas feitas in loco, o cliente terá muito mais segurança para sacar o smartphone do bolso, por exemplo, e efetuar a compra no varejista online que melhor atende às suas necessidades.

Texto por: Móveis de Valor | www.moveisdevalor.com.br

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fbenevides 21 de maio de 2021 0 Comentários

Abertura de negócios apenas online é maioria entre novos empreendedores

Diante do cenário de pandemia e necessidade de redução de custos, apostar apenas em negócios online tem sido a escolha da maioria dos empreendedores.

A pandemia trouxe um dilema para grande parte dos pequenos empresários: ter um negócio físico e tentar equilibrar as contas com o horário comercial restrito de funcionamento ou concentrar esforços para migrar para o online.

Segundo o diretor-superintendente do Sebrae São Paulo, Wilson Poit, parte do movimento de migração do físico para o digital visto nas pequenas empresas tem sido impulsionada pela necessidade de redução de custos.

“Muitos empreendedores já perceberam os novos hábitos do consumidor, mais voltado para as plataformas online, e combinam isso com o corte de gastos. Quem consegue trabalhar de casa ou de portas fechadas focou o delivery e aprendeu a vender pelo digital. E, para os que entram no mercado agora, começar direto no online é ainda mais natural”, afirmou o executivo.

Poit conta que o Sebrae triplicou a quantidade de atendimentos para mentoria de empreendedores na pandemia. A troca das lojas físicas pelas compras online se traduz em números. Levantamento do Mastercard SpendingPulse apontou que as vendas no varejo em lojas físicas caíram 4,4% no primeiro trimestre ante igual período de 2020.

Em março, a queda foi de 7% na mesma base de comparação. O Mastercard SpendingPulse é um indicador de vendas no varejo em todos os tipos de pagamento em certos mercados globais.

Ao mesmo tempo, as vendas no ecommerce avançaram 91,6% no período. Em março, a alta foi de 84,7%.

“O comércio online conquistou espaços tanto em relação às pequenas quanto às grandes empresas. Uma coisa que já conseguimos prever é que pelo menos 20% das migrações que vimos para o ecommerce são permanentes”, disse o gerente-geral da Mastercard Brasil, Estanislau Bassols.

O movimento também acompanha a adoção de um modelo híbrido de trabalho. Segundo Poit, do Sebrae, a expectativa é que cada vez mais empresários se ajustem às plataformas de venda online e que novos entrantes já abram seus negócios no meio digital.

“O jeito de trabalhar nunca mais vai ser o mesmo, mesmo quando falamos de padarias, açougues, hortifrútis. A tendência é de lojas híbridas e de um maior futuro tecnológico no trabalho”, afirmou.

Texto por: Contábeis | www.contabeis.com.br

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fbenevides 14 de maio de 2021 0 Comentários

Novos empresários abrem negócios direto no online

A busca por eficiência operacional e a crescente demanda online também começam a impactar os pequenos negócios.

De um lado, enquanto as grandes empresas do varejo aproveitam o maior engajamento de seus clientes em suas plataformas digitais para crescer suas estruturas, pequenos empresários precisam fazer uma escolha.

Ou tentam equilibrar as contas fixas de um ponto comercial com horário restrito de funcionamento e que não dá o mesmo lucro pré-pandemia ou voltam seus esforços para migrar as operações completamente para o online e é o que alguns já começam a fazer.

Segundo o diretor-superintendente do Sebrae São Paulo, Wilson Poit, parte do movimento visto nas pequenas empresas tem sido impulsionada pela necessidade de redução de custos.

“Muitos empreendedores já perceberam os novos hábitos do consumidor, mais voltado para as plataformas online, e combinam isso com o corte de gastos. Quem consegue trabalhar de casa ou de portas fechadas focou o delivery e aprendeu a vender pelo digital. E, para os que entram no mercado agora, começar direto no online é ainda mais natural”, afirmou o executivo.

Segundo Poit, o Sebrae triplicou a quantidade de atendimentos para mentoria de empreendedores na pandemia.

A troca das lojas físicas pelas compras online se traduz em números. Levantamento do Mastercard SpendingPulse apontou que as vendas no varejo em lojas físicas caíram 4,4% no primeiro trimestre ante igual período de 2020.

Em março, a queda foi de 7% na mesma base de comparação. O Mastercard SpendingPulse é um indicador de vendas no varejo em todos os tipos de pagamento em certos mercados globais.

Ao mesmo tempo, as vendas no ecommerce avançaram 91,6% no período. Em março, a alta foi de 84,7%.

“O comércio online conquistou espaços tanto em relação às pequenas quanto às grandes empresas. Uma coisa que já conseguimos prever é que pelo menos 20% das migrações que vimos para o ecommerce são permanentes”, disse o gerente-geral da Mastercard Brasil, Estanislau Bassols.

Julia Rettmann e Denise Yui, ambas de 34 anos, fizeram parte desse movimento e optaram por migrar a Selvvva, marca voltada para decoração com plantas em jardins urbanos, completamente para o online. Segundo as empresárias, a decisão de migrar todas as operações para o online demandou diversas adaptações.

“Foi um processo de adaptação para a equipe inteira. Tivemos que procurar ferramentas que nos ajudassem tanto no atendimento a distância quanto na parte de logística [para a entrega dos produtos]. Organizamos o atendimento via WhatsApp e fomos atrás de um novo sistema. Tudo ainda está em aperfeiçoamento”, afirmou Yui.

A Selvvva, que existe desde 2014, migrou completamente para o online em meados de maio de 2020.

O mesmo aconteceu com as sócias Flavia Calventino Vilarinho e Milena Vedan, ambas de 37 e que têm uma agência de viagens voltada para o setor corporativo, a Celebridade Viagens. O segmento de turismo foi um dos mais afetados pela pandemia.

“É um trabalho complexo. Para ter uma ideia, temos viagens emitidas em 2019 que a pessoa ainda não conseguiu voar. Não estamos tendo ganho nenhum. E, quando a pandemia se agravou, [a migração para o online] acabou sendo uma decisão por diminuir custos com o aluguel e com o espaço físico”, afirmou Vilarinho.

O aluguel de espaços já tem sido tema de debate entre empresários e locatários há alguns meses. As discussões são sobre a negociação de pagamentos atrasados e o reajuste de contratos que, acompanhando o IGP-M, têm recebido altas de até 30% no preço.

Diante de todo o cenário, Vilarinho afirma, ainda, que, mesmo que a pandemia melhoria, não há perspectiva de voltar a ter um espaço físico.

“Não vejo mais a necessidade de ter todo esse custo para manter uma estrutura. Tudo está fluindo bem”, afirmou.

Para a empresária carioca Raíssa Colela, 36, que tem uma marca de acessórios e calçados chamada Cura, a migração para o online, que começou como uma forma de sobrevivência à pandemia, é, agora, sua principal forma de faturamento.

“Hoje, a Cura sou eu, um contador e um motoboy. A maior parte das vendas que faço é voltada para o atacado internacional e é esse segmento que tenho focado. O faturamento das vendas pelo ecommerce, que antes correspondiam a 20% das minhas vendas, hoje já está perto de 80% do que eu tinha antes da pandemia.”

“Por isso, se as coisas melhorarem, penso mais em ter uma loja pop-up [temporária] do que uma física fixa.”

O movimento também acompanha a adoção de um modelo híbrido de trabalho.

Segundo Poit, do Sebrae, a expectativa é que cada vez mais empresários se ajustem às plataformas de venda online e que novos entrantes já abram seus negócios no meio digital.

“O jeito de trabalhar nunca mais vai ser o mesmo, mesmo quando falamos de padarias, açougues, hortifrútis. A tendência é de lojas híbridas e de um maior futuro tecnológico no trabalho”, afirmou.

As sócias Mayra Alma e Luciana Tanoue, ambas de 36 anos, fazem parte das empresárias que optaram por já abrir as portas apenas no ambiente digital. Segundo Alma, a ideia do Cuida-te Terapias Holísticas e Integrativas veio em 2019, mas foi só depois de um planejamento de dez meses que sua criação efetiva começou a acontecer.

“Até janeiro de 2020, o Cuida-te teria atendimentos presenciais e online, além de feiras mensais voltadas para a saúde mental. Chegamos a ver uma casa para alugar, mas acabou não dando certo, e pouco tempo depois veio a pandemia. Decidimos, então, optar por dar continuidade ao lançamento da empresa apenas com os atendimentos online.”

As empresárias, no entanto, ainda não abandonaram os planos de eventualmente terem um espaço físico. “Pensamos, sim, em retomar a ideia do presencial quando for possível. A empresa já dá lucro, e nós estamos caminhando.”

Texto por: Folha de Pernambuco | www.folhape.com.br

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fbenevides 7 de maio de 2021 0 Comentários

A importância da inovação em momentos de crise

O mundo passa por uma das maiores crises econômicas da história. As necessárias medidas para contenção do coronavírus têm trazido, no Brasil, grandes impactos sociais e econômicos. Orçamentos públicos e privados estão submetidos a um momento de detalhada revisão, com uma definição criteriosa das prioridades e com maior cautela na escolha do “para que” e “quando” dedicar recursos cada vez mais escassos.

O investimento em inovação é fundamental para o País superar essas dificuldades. O desenvolvimento de uma vacina em tempo recorde se tornou fator estratégico não só pela questão de saúde, mas pela sua importância para a retomada da economia.

No âmbito empresarial, a digitalização é fundamental para a sustentabilidade e o desenvolvimento de novos modelos de negócio. Entre os três pilares fundamentais definidos pela União Europeia (UE) para o combate à COVID-19 nos próximos anos, está a digitalização e, portanto, o investimento em tecnologia e inovação.

O estudo “América Latina: una agenda para la recuperación”, feito em parceria pela Fundação Iberoamericana Empresarial e a Fundação Euroamérica, define estratégias para o cenário pós-Covid. No mesmo molde destacado pela UE, o estudo recomenda a melhoria dos marcos regulatórios e o reforço nos ecossistemas digitais.

Ou seja, os investimentos em inovação são vistos como fortes indutores da recuperação econômica e estão sendo considerados como fundamentais para a recuperação da economia no mundo. Infelizmente, o estímulo a esse tipo de investimento não vem ganhando o mesmo tratamento do governo brasileiro, seja pela necessidade de adequação dos incentivos já existentes, seja pelo próprio risco de continuidade dessas políticas.

Assim, temos testemunhado drásticas reduções nos orçamentos de Pesquisa e Desenvolvimento (PD&I) das empresas nacionais. Movimento iniciado ainda em 2020, mas potencializado em 2021.

É possível verificar uma diminuição significativa dos investimentos na infraestrutura interna e na mão-de-obra para PD&I nos anos em questão, e este é um fato alarmante, afinal, os postos de trabalho nas áreas de PD&I têm perfil complexo e por isso não é simples repor profissionais tão capacitados.

Criar soluções alternativas requer conhecimento teórico de base, conhecimento aplicado, criatividade e alta experiência prática. A perda desse tipo de recurso humano pode demorar anos para ser reposta, o que terá reflexos na evolução tecnológica e na competitividade da indústria nacional. Podemos estar falando de um atraso de 5 a 10 anos.

O Brasil apoia suas empresas inovadoras usando, preponderantemente, financiamentos e incentivos fiscais. Estudos dos últimos 25 anos concluem que ambas as políticas devem coexistir, e que a política tributária é a mais apta para estimular o investimento privado. Estudos da Comissão Europeia, CNEPI francês, OCDE e Instituto Monetário Internacional concluem que o incentivo fiscal gera um aumento de 13% a 28% da atividade de PD&I.

Outra conclusão da OCDE é a de que a efetividade dos incentivos fiscais depende do marco regulatório e da sua continuidade. Assim, é importante que os governos mantenham estabilidade e clareza nas políticas fiscais, para minimizar a insegurança jurídica das empresas.

O principal mecanismo de fomento à inovação no Brasil é a Lei 11.196/05, conhecida como Lei do Bem , em especial na parte dos incentivos fiscais. Ela permite que de 20% a 34% dos valores investidos em PD&I, anualmente, sejam deduzidos do imposto de renda (IRPJ) e da contribuição social (CSLL).

A Lei do Bem tem sido o principal motor de estímulo para a manutenção e o incremento da infraestrutura de PD&I. Porém, há pontos que precisam ser aperfeiçoados, a exemplo do fomento de parcerias com startups e ICTs ou dos valores aplicados em fundos de investimentos para a inovação.

Chama muita a atenção a necessidade de a empresa ter que gerar lucro fiscal para ter acesso ao incentivo. Ou seja, o fato de encerrar o exercício em prejuízo fiscal elimina automaticamente a opção do seu uso. No atual cenário de pandemia, essa exigência irá, na prática, excluir grande parte das empresas do acesso aos incentivos nos próximos anos, o que resultará na redução dos orçamentos para PD&I, na diminuição de postos de trabalho e no risco de perda de competitividade.

A rentabilidade das empresas é um ponto emergencial da política de inovação e, diante desse cenário de crise econômica e consequente perda da rentabilidade das empresas, vislumbrou-se a possibilidade de publicação de uma medida provisória que suspendesse a necessidade de lucro fiscal, para uso do incentivo fiscal, pelo menos durante 2020, 2021 e 2022.

Infelizmente, a publicação da medida está demorando mais do que o previsto, tanto que as empresas não a levaram em consideração ao definir os orçamentos de 2021. Isso aumenta o risco de desmobilização de infraestrutura tecnológica e de atraso na competitividade nacional.

Ciente da necessidade de adequação da principal política de fomento à inovação nacional diante do cenário da pandemia de Covid, a deputada Luísa Canziani (PTB/ PR) apresentou, em outubro de 2020, o Projeto de Lei de nº 4.944/20 que visa o aprimoramento da Lei do Bem . A proposta altera especialmente quanto ao uso do incentivo pela empresa em prejuízo fiscal, mas também tem o objetivo de buscar a manutenção dos investimentos e dos postos de trabalho.

A deputada, que é reconhecida por sua atuação em temas relacionados a educação e PD&I, explica que o projeto, além de enfrentar a trava do lucro fiscal para utilização do incentivo, busca criar segurança jurídica para o usufruto dos incentivos fiscais da Lei do Bem pelas micro e pequenas empresas.

A expectativa da parlamentar é que o PL 4.944/20 seja aprovado ainda esse ano, mas ressalta que a publicação de medida provisória, para ao menos suspender a necessidade de lucro fiscal para utilização da Lei do Bem, seria um importante passo do Poder Executivo para sinalizar a importância desse tipo de investimento para o desenvolvimento e recuperação da economia nacional.

Outro ponto de fundamental importância, é a continuidade das políticas de fomento à inovação no Brasil, e essa continuidade foi colocada em xeque com a promulgação da Emenda Constitucional nº 109/2021, que no seu artigo 4º prevê a redução de incentivos fiscais de forma linear.

Tal medida, coloca em risco diversos incentivos fiscais concedidos no Brasil para apoio das atividades de PD&I sem qualquer análise de mérito ou de importância estratégica para o país, representando mais um duro golpe nos investimentos em inovação realizados pelas empresas nacionais.

A deputada Luisa Canziani mostra preocupação com o texto promulgado pela EC 109/21 e defende que haja uma discussão maior sobre o tema no Congresso Nacional antes da realização de quaisquer cortes, além disso menciona que deputados e senadores estão estudando formas de blindar os incentivos considerados estratégicos para o desenvolvimento do país, como os relacionados a PD&I.

A parlamentar reconhece a importância da manutenção desses incentivos e também da previsibilidade que tais políticas de fomento devem ter, ainda mais diante de cenário tão controverso como o que vivemos hoje.

A medida descrita no artigo 4º da EC 109/21, além de colocar em xeque os incentivos fiscais relacionados a inovação no Brasil, também levam um clima de incerteza para as empresas nacionais, que já estavam adotando políticas mais cautelosas de investimento em PD&I, por conta do cenário econômico mundial, e agora, tendem a diminuir ainda mais os gastos pelo menos até possuírem uma visão mais clara do que ocorrerá com os instrumentos de fomento à inovação nacional, entre eles a Lei do Bem.

O momento é de fortalecimento dos ambientes e dos investimentos relacionados a PD&I e não de desmobilização de políticas, perda de postos de trabalho qualificados e de competitividade, assim, é de suma importância que as políticas de fomento à inovação no Brasil sejam mantidas e aprimoradas, conforme o PL 4.944/20 da Deputada Luisa Canziani, fortalecendo a retomada do crescimento no país pós-pandemia.

Feliciano Aldazabal, diretor de Inovação do FI Group.

Texto por: TI Inside | www.tiinside.com.br

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fbenevides 30 de abril de 2021 0 Comentários

Segundo pesquisa 70% dos donos de pequenos negócios na Paraíba utilizam ferramentas digitais para vender

Levantamento também revela que, na opinião dos empresários paraibanos economia deve levar 17 meses para voltar ao normal.

Seja por meio das redes sociais, dos sites ou dos aplicativos de mensagens, os pequenos negócios continuam apostando nas ferramentas digitais como grandes aliadas não só do relacionamento com os clientes, como também da rotina de vendas. É o que indica a 10ª edição da pesquisa “O Impacto da Pandemia de Coronavírus nos Pequenos Negócios”, realizada pelo Sebrae com donos de micro e pequenas empresas de todo o país.  

A pesquisa, que entrevistou 81 donos de negócio na Paraíba, revelou que 70% deles afirmaram utilizar algum tipo de ferramenta digital, como WhatsApp, Instagram e Facebook, para efetuar a venda de produtos e serviços. Outro aspecto abordado pela pesquisa do Sebrae está relacionado com as expectativas dos empresários diante do cenário econômico. Questionados sobre quanto tempo a economia deve levar para voltar a um cenário considerado normal no Brasil, a média estipulada pelos entrevistados paraibanos foi de 17 meses.

De acordo com a analista técnica do Sebrae Paraíba, Renata Câmara, o cenário revelado pela pesquisa fez com que muitos empreendedores passassem a perceber a importância das ferramentas digitais, não só para vender, como também para a construção e manutenção de um relacionamento com os clientes.

“Essas ferramentas, que já existiam antes da pandemia e muitas vezes não eram bem exploradas, passaram a ser mais utilizadas nesse período. Elas fizeram com que os empreendedores passassem a perceber que nesses canais de venda eles precisam ter outro tipo de comportamento, já que os clientes não gostam de serem importunados, de ficarem recebendo catálogos e mais catálogos de produtos sem concederem autorização, ou seja, o processo de venda nas ferramentas digitais vem associado a uma conquista do cliente por meio do relacionamento”, explicou.

Além da apropriação de ferramentas digitais para a realização das vendas, a pesquisa promovida pelo Sebrae também constatou que, diante da crise econômica provocada pela pandemia, muitos empreendedores paraibanos ainda enfrentam dificuldades para manter os seus negócios em funcionamento. Apresentados a uma lista de frases e perguntados sobre qual delas melhor representa a sua situação atual, a maior parte dos entrevistados, 54%, disseram que “ainda tenho muitas dificuldades para manter meu negócio”.

Já 21% dos entrevistados disseram se identificar mais com a afirmação de que “os desafios provocaram mudanças que foram valiosas para o meu negócio”. Em seguida, 14% escolheram a frase “animado com as novas oportunidades”, seguidos por 11% que se identificam com a declaração de que “o pior já passou”.

Texto por: Paraíba Total | www.paraibatotal.com.br

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fbenevides 6 de abril de 2021 0 Comentários

Restaurantes e empreendedores adotam o Instagram como principal canal de vendas

A pandemia do coronavírus acelerou um novo formato de vendas que era tido apenas como “acessório” nas estratégias de algumas empresas, e até mesmo inexistente na grande maioria: através de mensagens em redes sociais.

Instagram, WhatsApp e Facebook entraram na mira dos empreendedores quando as portas do comércio tiveram de ser fechadas, por conta do isolamento social. Com as pessoas em casa conectadas à vida real apenas pela internet, o jeito foi encontrar novos caminhos para vender e conquistar mais clientes.

A percepção de que as redes sociais estão cada vez mais comerciais são confirmadas pelos números. Um relatório recente do Centro Regional de Estudos do Brasil apontou que 78% das empresas brasileiras de todos os tamanhos estão presentes em pelo menos uma mídia social, e acreditam que estes canais podem influenciar parcerias e aumento as vendas.

Nesta porcentagem, 57% delas estão conectadas apenas e exclusivamente para realizar vendas online – o que representa um aumento significativo de investimento dos comerciantes em plataformas digitais. É o caso, por exemplo, da empresária curitibana Caroline Michel, que abriu uma loja de presentes gastronômicos apenas pelo Instagram no começo da pandemia.

Em quase um ano de atividade, a Baskets Gifts já soma 65 mil seguidores na plataforma e picos de faturamento de R$ 150 mil ao mês. Foi a saída encontrada pela empresária para diversificar os negócios.
“Quando a pandemia começou e eu mesma tive Covid, comecei a perceber uma redução no valor de contratos na minha agência de comunicação, que tenho há dez anos, e vi que precisava pensar em algo para complementar a renda de casa. E aí surgiu esse estalo de criar algo personalizado, como um personal shopper para presentes, que eu gosto e que é promissor”, diz.

Ela conta que a ideia foi trazer um conceito diferente de presentes, principalmente entre os kits de alimentos com chocolates, bolos, e bebidas como espumantes e caixas para o preparo de gim tônica, entre outros. Caroline conta que o negócio rendeu tanto no Instagram que ela conquistou clientes como o dj Alok, a atriz e bailarina Carol Nakamura e o Instituto Neymar, entre outros.

Os pedidos, de acordo com ela, muitas vezes chegam em cima da hora, e é preciso correr para dar conta. “Entendemos que na pandemia, principalmente, as pessoas não tem hora. É o deus das causas impossíveis”, brinca.

É o mesmo visto pela boleira Morgana Wink, que toca a confeitaria virtual Delícia da Momo, também em Curitiba. Ela começou a empreender pelo Instagram em setembro do ano passado para conseguir cuidar dos filhos em casa, e viu os negócios darem um salto nestes seis meses.

“Eu vendo em torno de 200 bolos por mês totalmente pelas redes sociais, 95% pelo Instagram e o restante pelo WhatsApp, no boca a boca dos clientes”, conta.

O bom desempenho chamou a atenção de um shopping center da cidade, que a ofereceu um espaço para abrir um ponto físico para quando a pandemia passar.

Venda certeira
Estudo da consultoria Kantar aponta que as redes Instagram, Facebook e WhatsApp cresceram 40% no Brasil, em média, durante este um ano de pandemia, sendo a primeira delas a preferida dos anunciantes.

Pela própria natureza da plataforma, o Instagram é considerado a principal vitrine para vendas, pelo uso massivo de imagens. Só no Brasil são 95 milhões de usuários, e no mundo todo mais de 25 milhões de anunciantes. É um movimento que já vinha se formando desde 2016 e que foi potencializado a partir do começo de 2020.

Especialista em empreendedorismo e vendas pelas redes sociais, Frederico Flores explica que o Instagram passou a se destacar cada vez mais como um canal de negócios a partir do momento em que foi ganhando novas funcionalidades, como mensagens, Stories, transmissões ao vivo e posts patrocinados.
“O Instagram é hoje o que a televisão foi no passado, é onde as pessoas assistem conteúdos e se informam. É a maior plataforma de negócios do mundo, um misto de entretenimento e informação que faz com que as pessoas fiquem ligadas a ela”, conta.

Com mais de 310 mil seguidores em um perfil que dá dicas de empreendedorismo, Frederico Flores conta que a plataforma pode ser usada também por empresas que já existem no mundo real, e não apenas para negócios exclusivamente virtuais.

Para ele, o Instagram conquistou espaço na estratégia digital das empresas como uma extensão dos canais de vendas, por aproximar os produtos das pessoas – mas, com algumas particularidades primordiais.

“É preciso humanizar e criar uma conexão com a pessoa. A humanização do produto, independente do tamanho da empresa, aumenta a recorrência e o tíquete final. E a conexão converte o comprador, com um produto que seja acessível, fácil de ser feito, comprado, consumido e compreendido”, completa.
Frederico explica que pequenos e médios empreendedores têm muito mais facilidade em humanizar e se conectar aos potenciais clientes das redes sociais do que as grandes empresas, pela facilidade de criar conteúdos menos engessados e mais espontâneos.
“Uma confeiteira cortando um bolo e conversando com o internauta num Stories ou numa live gera muito mais engajamento do que simplesmente a foto de um bolo sem nenhuma ação”, exemplifica.

Do real ao virtual

A própria natureza do Instagram, de ser uma rede social de imagens, a tornou uma vitrine potencial para vendas.

Pesquisa realizada pela startup Omnichat mostra que mais de 10 milhões de atendimentos via chat foram realizados no Brasil ao longo de 2020, totalizando mais de 330 milhões de mensagens trocadas entre vendedores e consumidores. Entre elas estão grandes marcas como Brasil Cacau e Domino’s Pizza.

Já outro estudo da consultoria Mandalah com a plataforma de inteligência artificial Stilingue aponta que, de fevereiro a julho de 2020, as menções por “ter feito alguma compra online” tiveram um aumento de 128%.

Levar os negócios do físico para o virtual foi a saída encontrada pela empresária Patrícia Veron, sócia do restaurante e açougue Boi and Beer, de Curitiba, logo no começo da pandemia. Com a operação restrita por conta dos decretos sanitários de contenção ao avanço da Covid-19, o jeito foi recorrer às vendas pelo Instagram e WhatsApp para pagar as contas.
Hoje, o comércio pelos canais digitais (redes sociais e delivery) responde por 50% do faturamento, com uma estratégia que estimula o engajamento dos internautas em publicações orgânicas e patrocinadas.
“As redes sociais e principalmente o Instagram têm sido o nosso principal meio de propaganda e venda, onde abrimos e concluímos no restaurante. Quanto mais estimulamos o engajamento, mais ela entrega, e é nítido o crescimento do faturamento a partir disso”, conta.

Para ela, o Instagram ajuda muito nas vendas imediatas e também no “branding” do Boi and Beer, tornando os serviços mais conhecidos. A presença de marca foi tanta que só o delivery cresceu 1.540% ao longo de 2020, nos meses de pandemia, utilizando conceitos como a humanização e a conexão com o público – o campeão do programa “MasterChef A Revanche”, Vitor Bourguignon é o garoto-propaganda, além de sócio e chef executivo.

Ao Bom Gourmet Negócios, Frederico Flores conta o que é preciso para fazer negócios de sucesso no Instagram:

Humanização das marcas: o Instagram é uma rede social muito ligada à “pessoalidade”, e as pessoas se comunicam muito mais quando tem a humanização da marca, do produto, da solução. Assim, como o Instagram é uma rede social que as pessoas acompanham a vida de outras, o dia a dia, seja para inspiração ou motivação, é importante que as marcas tenham isso em mente e humanizem os seus perfis. Isso é possível quando se mostra o rosto de quem está por trás da empresa e faz o dia a dia acontecer, mostra a equipe e os bastidores.
Provas sociais: outra dica é usar as provas sociais, que são obtidas com depoimento dos clientes, vídeos deles utilizando os produtos e falando sobre você. Esse material pode ser compartilhado no feed ou Stories. Podem ser utilizados elementos, depoimentos, cases, exemplos de coisas que já fez, que te dê autoridade.
“Infoentretenimento”: de uma maneira geral as pessoas estão no Instagram para se divertir. As marcas com sucesso de engajamento no Instagram são aquelas que tratam a informação como entretenimento, que é quando ensina e mostra a solução de forma mais lúdica, divertida, polêmica, que faz com que as pessoas tenham vontade de participar. As marcas que conseguem ter uma boa estratégia de “infoentretenimento” fazem sucesso com o público.

Texto por: Gazeta Do Povo | www.gazetadopovo.com.br

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fbenevides 31 de março de 2021 0 Comentários

Número de mulheres que empreendem cresce 40% durante a pandemia

As mulheres empreendedoras já somam mais de 30 milhões no Brasil, de acordo com a Global Entrepreneurship Monitor, o que representa 48,7% do mercado empreendedor, e na Bahia a porcentagem de mulheres donas de negócios é de 31%, segundo dados do Sebrae-BA. Alcançar tal número marcante deixa mais evidente o quanto amanhã, Dia Internacional da Mulher, deve ir além das homenagens. O 8 de março chega com inspirações e um lembrete para as mulheres que duvidam se devem investir em suas ideias. Elas devem e podem ir com tudo.

“Esses números mostram o papel importante que a mulher tem na economia. Cerca de 44% delas são chefes de família e 85% são responsáveis pela decisão de compra dentro do lar. Isso é força de trabalho e de consumo. O papel de coadjuvante na economia não nos cabe mais, já somos protagonistas, o que nos falta é representatividade dentro do governo para que mais políticas públicas sejam feitas a nosso favor”, explica Rosemma Maluf, vice-presidente da Associação Comercial da Bahia (ACB).

Só no último ano o empreendedorismo feminino cresceu em 40%, segundo dados da Rede Mulher Empreendedora. Porém esse crescimento durante a pandemia possui um lado negativo por ser, em grande parte, um empreendedorismo por necessidade e não oportunidade. A dupla jornada ainda está presente, então muitas mulheres abrem negócios menores que geram renda, mas que são conciliáveis com os cuidados de casa. Para Karine Oliveira, fundadora da Wakanda Educação Empreendedora (@wakanda_educacao), o aumento das empreendedoras por necessidade é resultado das demissões em massa, já que as mulheres são as primeiras a ser demitidas e as últimas a sair do desemprego.

“Gestoras naturais”

“Cerca de 90% de nosso quadro de clientes é composto por mulheres, em sua maioria negras, que precisam que o negócio dê certo, pois a família depende dessa renda, e isso só se agravou na pandemia. Por isso buscamos mostrar que elas, que cresceram aprendendo a lidar e a conduzir a família, são gestoras naturais. E quando empreendem, usam tudo isso a seu bel-prazer. Muitas já são empreendedoras, apenas nunca consideraram se intitular assim”, ela explica.

A Wakanda, uma empresa que traduz conteúdos do empreendedorismo tradicional para a linguagem informal e regional, permitindo o acesso e fortalecimento de negócios periféricos e por necessidade, funcionava apenas no modo presencial e a pandemia expôs a falta de presença online da empresa, que precisou entender a importância do digital e mostrar isso aos clientes, que também não tinham afinidade com o meio.

E essa mudança no modelo de negócio e na forma de atuação foram os principais pontos de destaque para as empresas lideradas por mulheres desde o início da pandemia, afirma Mariana Cruz, gestora de projeto de empreendedorismo feminino do Sebrae. “Elas estão sabendo se adaptar mais rapidamente e eficientemente aos novos contexto e comportamentos dos consumidores”. E quem bem sabe disso é a empreendedora Camila Reis, proprietária da Óleos da Mi (@oleosdami), empresa especializada em óleos e manteigas vegetais criada em 2014.

A empresa nasceu sem grandes pretensões, mas hoje já possui loja física e virtual, atendendo a todo o país. A adaptação da produção e na logística foram rápidas na pandemia, mas Camila Reis explica que o faturamento não se deve apenas ao produto, mas também pela postura. A empreendedora se usava como exemplo para tentar atender às necessidades das clientes: mulheres que, assim como ela, estavam em casa, mas que gostariam de ter momentos de autocuidado.

“O momento, apesar de desfavorável financeiramente, não é de lucro, mas de procurar fornecer ajuda e compreensão. Criamos lives com uma psicóloga para auxiliar nas emoções, conversas livres para gerar diálogo e suporte para o uso dos produtos. O crescimento foi consequência da empatia, e, como a empresa contribuiu para minha renda, percebi que ela poderia fazer o mesmo por outras mulheres, principalmente as trans e mães solo. Por isso, agora em 2021, estamos estruturando treinamentos para um sistema de revenda onde essas mulheres irão desenvolver habilidades que poderão usar para a vida”, conta a empreendedora.

Rede de acolhimento

“Por isso acredito que essa rede de acolhimento feminino é uma das grandes responsáveis pelo crescimento de 40% de mulheres empreendedoras. E acontece de forma natural por quem já empreendia, entende e tem total empatia por aquelas que estão começando”, afirma a fotógrafa Lane Silva (@lanesilvafotografia), que precisou bolar um plano de ação não apenas para pagar as contas na pandemia, mas também para comprar um computador novo, um dos instrumentos essenciais em seu trabalho e que quebrou logo depois do coronavírus chegar ao país.

Com planejamento e divulgação, os trabalhos continuaram aparecendo, e Lane Silva conta que iniciou 2021 com atualizações em seus serviços – fotografia de estúdio, cobertura de eventos e até álbuns e revelações de fotos – e já começou a colocar em prática. “Passar pela pandemia é um processo doloroso, mas espero que este ano seja de caminhos abertos para todos que vivem de seu corre, dia após dia conquistando espaço e, claro, vivendo daquilo que gosta”, conta.

Texto por: A Tarde | www.atarde.uol.com.br

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fbenevides 9 de março de 2021 0 Comentários
Shopping online concept - Parcel or Paper cartons with a shoppin

Cresce em até 59% movimentação do e-commerce durante a pandemia

O distanciamento social provocado pela pandemia do coronavírus fez com que os negócios virtuais tivessem um expressivo aquecimento durante o período da circulação do vírus.  Países em que o hábito de comprar e vender pela internet seguiam em baixa, nos meses em que o vírus apresentou maior agressividade, tiveram mais movimentação pela internet, chegando a marca de 59% na comparação com o período sem a doença, como é o caso do Chile.

Os dados são da pesquisa do Instituto Ipsos feita em 28 países, que mostrou que os britânicos ficaram em segundo lugar, com 55% de aumento, e os turcos e coreanos, com 54%, na terceira posição. No Brasil, as vendas online tiveram crescimento de 47%, mas o número foi maior que a média mundial, que é 43%.

Para o consultor de negócios Diego Arruda, isso mostra uma tendência de mercado que merece atenção e dedicação dos empresários.

“Essa é uma nova modalidade de vendas que veio para ficar. Além da segurança em se comprar online e evitar a contaminação pelo vírus, o consumidor também tem mais comodidade e praticidade de fazer a compra de onde estiver, ao toque do celular”, comenta. “Para se dar bem nessa modalidade, cabe ao empresário entender esse novo formato e se dedicar à ele, oferecendo um ambiente acessível, de fácil compreensão e atrativo”, afirma.

Ainda segundo a pesquisa, o perfil do novo consumidor do comércio eletrônico é, principalmente: mulher (45%), com menos de 35 anos (45%) e de renda alta (49%).

Texto por: TI Inside | www.tiinside.com.br

 

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fbenevides 26 de fevereiro de 2021 0 Comentários
Shipment Online Sales, Small business or SME entrepreneur owner

Com vendas online estourando, logística inteligente inclui operações de estoques.

Personalizados para movimentação de produtos nas áreas de armazenagem, carga e descarga são necessários, mas temos um ingrediente extra neste 2021: as vendas online!

A pandemia que tanto assustou (e ainda assusta) o planeta trouxe o isolamento social – e o aumento das vendas online.  A Via Varejo, responsável pela gestão da Casas Bahia e Ponto Frio, informou crescimento de 20% no seu GMV (Gross Merchandise Volume – uma métrica criada para calcular o volume bruto de mercadorias em uma empresa) somente no Natal de 2020. Os números são decorrência das vendas do e-commerce  que trouxeram um aumento de 125,2% no período entre 19 e 25 de dezembro de 2020 comparado com 2019.

Agora, imagine um crescimento deste porte sem uma gestão de estoque eficiente? Seria um caos conseguir vender e não entregar: “Esta explosão no número de vendas online afetou todos os segmentos, consolidando este modelo de negócio. Agora, as empresas precisam prestar atenção na logística de estoque para não vender mais do que se consegue entregar” esclarece Renato Pádua, executivo de contas da CWBem.

Vantagens são inquestionáveis
Nesta equação, a terceirização de logística desafoga a operação pois, é feita através de mãos profissionais em todo o processo – recebimento de materiais e produtos, descarregamento, classificação e identificação, inspeção final, adequação e reaproveitamento de paletes e embalagens:

Terceirizar a logística é delegar tarefas da área para uma empresa que será parceira, incluindo não apenas a entrega de produtos finais, mas também o transporte de matéria-prima e demais componentes”

A terceirização dos processos logísticos reduz custos: Quando se delega a logística, se reduz custos e até mesmo, substitui custos fixos por variáveis, incluindo uma possível redução da folha de pagamento.

A terceirização dos processos logísticos traz know-how: Desafogada desta responsabilidade, a empresa pode usar este tempo e seus profissionais  para corrigir falhas e aprimorar diversos pontos, afinal, a logística estará em mãos experientes.

Terceirizar atividades secundárias, como a logística, possibilita o foco no core business gerando um ciclo positivo na organização. Estamos falando de gestores liberados para desenvolver estratégias e soluções que melhorem os serviços e produtos” completa Renato.

 

Texto por: Paranashop | www.patanashop.com.br

 

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fbenevides 11 de fevereiro de 2021 0 Comentários