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Ativos tecnológicos como investimento estratégico

Cada vez mais as empresas enxergam os investimentos em soluções de software como um investimento em TI, e não como despesa, por um motivo simples: aumentam a lucratividade e a eficiência da organização.

No mundo dos negócios são considerados investimentos aqueles gastos realizados com o objetivo de aumentar a receita e a lucratividade ou melhorar a imagem da empresa. E se até pouco tempo isso significava a compra de máquinas para aumentar a produção ou veículos para fazer entregas, no atual cenário essa definição está cada vez mais associada às soluções de software.

O investimento em software é fundamental para que uma empresa consiga se manter atualizada e competindo de igual para igual em um mercado cada vez mais competitivo. Os ativos tecnológicos já deixaram de ser um diferencial e tornaram-se uma necessidade para praticamente todos os segmentos de negócios.

Entre os benefícios de uma boa solução de software estão à facilitação e agilização de processos e o fornecimento de serviços mais estratégicos, rápidos, seguros e atraentes para o consumidor, além de uma tomada de decisões mais eficiente por parte da empresa.

Como exemplos dessa tecnologia podemos citar as coleções de software especializadas em Arquitetura, Engenharia e Construção, que atualmente permitem a implantação do BIM (Building Information Modeling ou Modelagem da Informação da Construção em tradução para o português). Além de ser já obrigatório nos projetos e construções públicas no Brasil, ele reduz os custos e o retrabalho, aumentando de forma significativa o potencial de ganhos de produção.

A implantação de uma solução complexa exige alta capacidade técnica da empresa que oferece ao mercado, pois muitas vezes vai lidar com uma verdadeira reestruturação em vários processos de trabalho fundamentais à operação. Existem casos em que até mesmo a “sobrevivência” da empresa no mercado depende de sua modernização por meio de software. Todo esse trabalho é recompensado com um ROI muito maior para as empresas, além do aumento da produtividade e da possibilidade de crescer de forma sustentável.

Existem inúmeros tipos de software para empresas, assim como há diversidade de organizações e setores produtivos. Para citar como exemplo, os mais comuns são os softwares de comunicação, segurança, gestão, criação audiovisual e design.

Com tantas opções é possível que o decisor precise de parâmetros para basear sua escolha. Um dos critérios para classificar um software como um investimento é a capacidade de elevar resultados e reduzir custos – seja possibilitando produzir mais com os recursos disponíveis, seja reduzindo tempo de execução de tarefas, eliminando falhas e até aumentando a capacidade de se trabalhar em equipe de modo colaborativo.

Os itens citados são os mais lembrados pelos gestores quando se trata de elevação de ganho e redução de gastos. No entanto, vale lembrar que existe um campo ainda pouco observado pelas empresas brasileiras, a segurança da informação. E é nesse quesito que as soluções de segurança digital protegem as empresas contra grandes prejuízos derivados de vazamento de dados e golpes, mantendo a organização segura quanto às informações sensíveis, finanças e reputação da marca.

Atualmente os softwares permitem a execução de inúmeras funções dentro de uma empresa, com maior velocidade e aumento de volume de informações e atividades. No entanto, segundo o especialista Rafael Streda, engenheiro de soluções na Buysoft, “não basta comprar qualquer software e não ter quem apoie em serviços como implantação ou suporte. Em alguns casos, é necessário definir processos de trabalho totalmente novos para a equipe, acompanhar minuciosamente a operação da empresa e depois capacitar todos os envolvidos”.

Para quem está buscando atualizar a empresa, o especialista recomenda: “não busque apenas uma revenda com base em baixos custos, mas escolha um parceiro de negócio com boa capacidade técnica para entrega de serviços e que dê suporte especializado. A empresa que te atende deve gerar melhorias no desenvolvimento da operação (que é o cotidiano de trabalho) e no resultado, ou seja, nos lucros”. Segundo Streda, essa escolha pode ser fator decisivo para o sucesso dessa empreitada.

Texto por: Paranashop | www.paranashop.com.br

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fbenevides 11 de junho de 2021 0 Comentários

Empresas brasileiras devem investir em transformação digital em 2021

A maior parte das empresas brasileiras (62,5%) deve investir de 10% a 30% do faturamento total em transformação digital durante 2021, aponta uma pesquisa realizada pela Sambatech e pela Samba Digital, e que contou com apoio da Unico.

A pesquisa aponta também que 44% das pequenas e médias empresas com rendimento de até R$ 10 milhões já estão implementando uma estratégia de transformação digital. Enquanto que apenas 38,9% das companhias com faturamento igual ou acima de R$ 1 bilhão estão realizando o mesmo processo.

Ainda segundo o levantamento, os investimentos das empresas brasileiras devem se dividir entre seis tecnologias: analytics (62%), computação em nuvem (46%), arquitetura de sistemas (40%), inteligência artificial (38%) e biometria facial (8%).

Um dos principais focos do estudo é entender como as empresas se posicionaram durante a pandemia da Covid-19 e o resultado mostra que 45,7% delas estão buscando a implementação de estratégias digitais, enquanto apenas 9,6% não apostaram nesse processo. De todas as empresas pesquisadas, 54% estão buscando novas receitas.

Matheus Magno, coCEO da Sambatech e da Samba Digital, afirmou que as pequenas empresas possuem maior contato com clientes e devem partir delas os principais investimentos no pós-pandemia, devido a maior velocidade na tomada de decisões.

O fundador das empresas responsáveis pelo estudo, Gustavo Caetano, lembrou da importância do investimento nos profissionais. “Separar o time por squad permite aos desenvolvedores estarem junto nas tomadas de decisões e nos negócios. Hoje, todas as áreas da empresa, como RH e marketing, estão em transformação digital, não apenas a área de tecnologia. É dessa maneira que iniciamos uma transformação”, disse.

O estudo relata que grande parte das companhias (36,2%) ainda possuem um modelo tradicional de trabalho, separando os funcionários entre infraestrutura, desenvolvimento, suporte e segurança. Enquanto cerca de 28,7% atuam com modelos focados em tribos e squads, 19,1% com squads e DevOps e 16% dividindo a equipe entre áreas projetos e sustentação.

Texto por: Olhar Digital | www.olhardigital.com.br

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fbenevides 3 de junho de 2021 0 Comentários

Como usar a tecnologia para ter inteligência financeira e gestão no seu e-commerce

Além da gestão financeira, a tecnologia certa ajuda a controlar estoque, logística, sistemas de gestão, abandono de carrinho e a conciliação financeira entre e-commerces e marketplaces.

Em um ano de restrições causadas pela pandemia da COVID-19, as vendas do e-commerce no Brasil cresceram 41% em relação a 2019, atingindo R$ 87,4 bilhões, de acordo com dados do Webshoppers 43 Ebit e Nielsen & Bexs Banco. A quantidade de pedidos apresentou alta de 30% em relação ao ano anterior, atingindo 194 milhões de pedidos graças, em grande parte, ao frete grátis, que representou 43% de todas as compras.

Outra tendência relevante, segundo o relatório Recovery Insights da Mastercard, foi o crescimento do varejo essencial, que tinha uma participação digital pequena e registrou um dos maiores ganhos à medida que os consumidores foram se adaptando. A tendência é que para supermercados e lojas, os ganhos digitais poderão ser permanentes.

O aumento na demando por serviços online também impulsionou uma maior inclusão financeira, já que criou uma nova necessidade por pagamentos digitais para a parte da  população que não comprava online anteriormente. Os setores financeiro e varejista ganharam uma janela de oportunidade e passaram a oferecer novos serviços para transações de pagamento, de modo a facilitar o acesso a formas de transações financeiras e crédito.

Os desafios de vender pela Internet

Para Airton Ribeiro, Analista de Suporte do Koncili, plataforma líder na conciliação de repasses dos marketplaces, criado e desenvolvido pelo Grupo DB1, “o gerenciamento de uma loja virtual é muito mais complexo do que a sua criação. É preciso estar atento ao mix de produtos, fornecedores, precificação, faturamento, expedição de pedidos, frete e rentabilidade, além de uma série de outros fatores”.

Um dos pontos de maior dificuldade costuma ser a gestão de estoque. Esse processo inclui entradas e saídas, armazenamento adequado para cada material e um equilíbrio constante entre oferta e demanda. E mesmo o frete, que normalmente é realizado por empresas terceirizadas, também apresenta potencial para problemas, como o extravio ou a devolução.

Para Airton, “é fundamental acompanhar de perto as movimentações de estoque e o giro das mercadorias, com atenção especial ao estoque mínimo e máximo recomendado para cada produto. A validação entre o que consta nas notas fiscais e o que está efetivamente disponível por ser feita através do processo de conferência cega”.

Uma das estratégias mais assertivas em termos de gestão de estoque é o chamado estoque de antecipação, na qual o lojista antecipa a compra ou fabricação de itens com demanda sazonal previsível como datas comemorativas. Já o estoque de proteção, que consiste em aumentar o estoque de modo a evitar uma interrupção no abastecimento, é indicado quando há possibilidade de aumento de preços (especialmente em moeda estrangeria), aumento súbito de demanda, atraso ou indisponibilidade no fornecedor, tempo de produção elevada e risco de ruptura.

Outras estratégias de sucesso incluem o estoque de ciclo, que intercala a produção e não compromete a oferta do catálogo, o dropshipping, na qual a loja vende itens disponíveis no estoque do fornecedor, e o estoque consignado, na qual o fornecedor disponibiliza um estoque de produtos para que o lojista os armazene e comercialize. Nessa modalidade os itens não vendidos podem ser devolvidos sem nenhum custo e a reposição do estoque fica a critério do fornecedor.

Separação, envio e devoluções

A separação geralmente inclui uma conferência dos itens e quantidades. Dependendo da tecnologia utilizada pela empresa, ela pode ser realizada manualmente ou via leitor de código de barras. Se as mercadorias estiverem localizadas em um espaço maior, como um depósito, será preciso algum tipo de endereçamento logístico, incluindo a localização exata do item, como corredor, coluna e nível em que se encontra.

Já para a expedição do pedido, é necessário definir a transportadora, que pode ser motivada pela localização do destinatário, acordos com parceiros ou pelo próprio cliente, quando a modalidade de frete é indicada durante a compra. Os pedidos de uma determinada transportadora costumam ser enviados em lotes, enquanto as encomendas enviadas pelos Correios devem ser incluídas em um pré-lista de postagem, o que requer um contrato com os Correios.

Por outro lado, a devolução ou troca, conhecida como logística reversa, por mais que nunca seja o objetivo de qualquer empresa, deve ser feita com a máxima qualidade, pois é fundamental para manter o cliente satisfeito. Toda a logística reversa começa com um bom atendimento. Manter um SAC de qualidade permite que o cliente demore menos tempo para explicar a situação e efetuar a troca ou devolução, o que aumenta a satisfação. Aplicar a logística reversa com qualidade é importante não só para reduzir os custos associados, mas também para aumentar as chances de fidelização do cliente.

Abandono de carrinho

De acordo com um estudo realizado pela Barilliance em 2020, a taxa média global de abandono de carrinho em lojas virtuais é de cerca de 77,73%. O custo elevado do frete é responsável por 60% dos abandonos, já que muitas vezes o valor da entrega é igual (ou até mesmo superior) ao valor do próprio produto.

Uma forma de evitar esse problema é buscar empresas alternativas que façam a entrega do produto e oferecer a possibilidade de escolha ao cliente. Quando possível, a melhor opção é oferecer descontos ou frete grátis, disponível em alguns marketplaces. Neste caso, é importante levar em conta o preço final do produto ou de kits de produtos. Ou seja, quanto maior o valor da compra, maior a oportunidade de oferecer descontos no valor do frete ou até mesmo o envio gratuito dos itens.

Outro ponto de atenção deve ser a divergência de preços entre o anúncio e a página do produto. Segundo Rafael Parisotto, CEO do ERP para e-commerce Eccosys, “é comum que haja variação de preço entre SKUs, mas mostrar os valores com transparência é muito melhor do que tentar fisgar o consumidor com um valor menor”. Parisotto destaca ainda a importância da agilidade e praticidade no fechamento da compra. “28% dos abandonos de carrinho são causados por processos longos e complicados. Por isso, é preciso garantir um checkout simples e livre de erros. Negligenciar os detalhes pode gerar desconforto ou desconfiança no cliente, e essas sensações são cada vez menos aceitáveis na experiência de compra on-line”.

Conciliação financeira para marketplaces

De nada adianta controlar bem a parte logística do negócio se não houver uma boa gestão financeira, sobretudo quando o lojista vende em múltiplos canais. Para evitar prejuízos é importante observar atentamente as regras de cada marketplace, incluindo comissionamento, condições de pagamento e prazos para repasse. Ao não observar as particularidades dos marketplaces em que atua, o lojista pode estar comprometendo diversos pontos vitais para a saúde financeira do seu negócio, incluindo a precificação adequada dos produtos, o controle do fluxo de caixa, o cálculo da rentabilidade, a compra de mercadoria dos fornecedores, investimentos e tomadas de decisões, bem como a saúde geral do negócio.

De acordo com especialistas, a palavra-chave é conciliação, que consiste na verificação dos valores esperados com o que efetivamente foi recebido por cada pedido em cada um dos canais de vendas. Recomenda-se realizar a conciliação financeira pelo menos duas vezes ao mês, já que a maioria dos marketplaces repassa os pagamentos aos lojistas quinzenalmente. As datas mais indicadas são os dias 1 e 15 de cada mês.  Vale ressaltar que a dificuldade da tarefa, sobretudo quando feita manualmente com a ajuda de planilhas, depende da complexidade da sua operação. Quanto mais regras, exceções. Pedidos e marketplaces estiverem envolvidos, maior será o esforço necessário para conciliar os repasses.

A conciliação manual de repasses de marketplaces é repleta de detalhes e pontos de atenção, que podem tornar o processo de conferência das transações dos marketplaces bastante moroso e suscetível a erros. Neste sentido, a conciliação de repasses entre e-commerces e marketplaces via software pode simplificar muito o trabalho. Basta inserir uma planilha no sistema para obter em extrato da conciliação, apontando as divergências identificadas de forma clara e precisa. É importante considerar o quanto gastaria hoje com o processo manual (horas de um ou mais colaboradores) e comparar com o investimento mensal no software.

Nesse cenário virtual de imensa complexidade, não é surpresa que a tecnologia seja a maior aliada do lojista. Do sistema ERP integrado ao serviço de conciliação automática de repasses de marketplaces, os profissionais de e-commerce contam com soluções confiáveis para eliminar tarefas repetitivas. Para Cássio Serea, Diretor do Koncili, “o segredo está em identificar as ferramentas mais apropriadas para as necessidades da empresa. Desta forma, o gestor conseguirá ter mais previsibilidade nos processos, máximo desempenho na operação e melhor custo-benefício para vender sem medo”.

Texto por: Paranashop | www.paranashop.com.br

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fbenevides 28 de maio de 2021 0 Comentários

Novos empresários abrem negócios direto no online

A busca por eficiência operacional e a crescente demanda online também começam a impactar os pequenos negócios.

De um lado, enquanto as grandes empresas do varejo aproveitam o maior engajamento de seus clientes em suas plataformas digitais para crescer suas estruturas, pequenos empresários precisam fazer uma escolha.

Ou tentam equilibrar as contas fixas de um ponto comercial com horário restrito de funcionamento e que não dá o mesmo lucro pré-pandemia ou voltam seus esforços para migrar as operações completamente para o online e é o que alguns já começam a fazer.

Segundo o diretor-superintendente do Sebrae São Paulo, Wilson Poit, parte do movimento visto nas pequenas empresas tem sido impulsionada pela necessidade de redução de custos.

“Muitos empreendedores já perceberam os novos hábitos do consumidor, mais voltado para as plataformas online, e combinam isso com o corte de gastos. Quem consegue trabalhar de casa ou de portas fechadas focou o delivery e aprendeu a vender pelo digital. E, para os que entram no mercado agora, começar direto no online é ainda mais natural”, afirmou o executivo.

Segundo Poit, o Sebrae triplicou a quantidade de atendimentos para mentoria de empreendedores na pandemia.

A troca das lojas físicas pelas compras online se traduz em números. Levantamento do Mastercard SpendingPulse apontou que as vendas no varejo em lojas físicas caíram 4,4% no primeiro trimestre ante igual período de 2020.

Em março, a queda foi de 7% na mesma base de comparação. O Mastercard SpendingPulse é um indicador de vendas no varejo em todos os tipos de pagamento em certos mercados globais.

Ao mesmo tempo, as vendas no ecommerce avançaram 91,6% no período. Em março, a alta foi de 84,7%.

“O comércio online conquistou espaços tanto em relação às pequenas quanto às grandes empresas. Uma coisa que já conseguimos prever é que pelo menos 20% das migrações que vimos para o ecommerce são permanentes”, disse o gerente-geral da Mastercard Brasil, Estanislau Bassols.

Julia Rettmann e Denise Yui, ambas de 34 anos, fizeram parte desse movimento e optaram por migrar a Selvvva, marca voltada para decoração com plantas em jardins urbanos, completamente para o online. Segundo as empresárias, a decisão de migrar todas as operações para o online demandou diversas adaptações.

“Foi um processo de adaptação para a equipe inteira. Tivemos que procurar ferramentas que nos ajudassem tanto no atendimento a distância quanto na parte de logística [para a entrega dos produtos]. Organizamos o atendimento via WhatsApp e fomos atrás de um novo sistema. Tudo ainda está em aperfeiçoamento”, afirmou Yui.

A Selvvva, que existe desde 2014, migrou completamente para o online em meados de maio de 2020.

O mesmo aconteceu com as sócias Flavia Calventino Vilarinho e Milena Vedan, ambas de 37 e que têm uma agência de viagens voltada para o setor corporativo, a Celebridade Viagens. O segmento de turismo foi um dos mais afetados pela pandemia.

“É um trabalho complexo. Para ter uma ideia, temos viagens emitidas em 2019 que a pessoa ainda não conseguiu voar. Não estamos tendo ganho nenhum. E, quando a pandemia se agravou, [a migração para o online] acabou sendo uma decisão por diminuir custos com o aluguel e com o espaço físico”, afirmou Vilarinho.

O aluguel de espaços já tem sido tema de debate entre empresários e locatários há alguns meses. As discussões são sobre a negociação de pagamentos atrasados e o reajuste de contratos que, acompanhando o IGP-M, têm recebido altas de até 30% no preço.

Diante de todo o cenário, Vilarinho afirma, ainda, que, mesmo que a pandemia melhoria, não há perspectiva de voltar a ter um espaço físico.

“Não vejo mais a necessidade de ter todo esse custo para manter uma estrutura. Tudo está fluindo bem”, afirmou.

Para a empresária carioca Raíssa Colela, 36, que tem uma marca de acessórios e calçados chamada Cura, a migração para o online, que começou como uma forma de sobrevivência à pandemia, é, agora, sua principal forma de faturamento.

“Hoje, a Cura sou eu, um contador e um motoboy. A maior parte das vendas que faço é voltada para o atacado internacional e é esse segmento que tenho focado. O faturamento das vendas pelo ecommerce, que antes correspondiam a 20% das minhas vendas, hoje já está perto de 80% do que eu tinha antes da pandemia.”

“Por isso, se as coisas melhorarem, penso mais em ter uma loja pop-up [temporária] do que uma física fixa.”

O movimento também acompanha a adoção de um modelo híbrido de trabalho.

Segundo Poit, do Sebrae, a expectativa é que cada vez mais empresários se ajustem às plataformas de venda online e que novos entrantes já abram seus negócios no meio digital.

“O jeito de trabalhar nunca mais vai ser o mesmo, mesmo quando falamos de padarias, açougues, hortifrútis. A tendência é de lojas híbridas e de um maior futuro tecnológico no trabalho”, afirmou.

As sócias Mayra Alma e Luciana Tanoue, ambas de 36 anos, fazem parte das empresárias que optaram por já abrir as portas apenas no ambiente digital. Segundo Alma, a ideia do Cuida-te Terapias Holísticas e Integrativas veio em 2019, mas foi só depois de um planejamento de dez meses que sua criação efetiva começou a acontecer.

“Até janeiro de 2020, o Cuida-te teria atendimentos presenciais e online, além de feiras mensais voltadas para a saúde mental. Chegamos a ver uma casa para alugar, mas acabou não dando certo, e pouco tempo depois veio a pandemia. Decidimos, então, optar por dar continuidade ao lançamento da empresa apenas com os atendimentos online.”

As empresárias, no entanto, ainda não abandonaram os planos de eventualmente terem um espaço físico. “Pensamos, sim, em retomar a ideia do presencial quando for possível. A empresa já dá lucro, e nós estamos caminhando.”

Texto por: Folha de Pernambuco | www.folhape.com.br

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fbenevides 7 de maio de 2021 0 Comentários

A importância da inovação em momentos de crise

O mundo passa por uma das maiores crises econômicas da história. As necessárias medidas para contenção do coronavírus têm trazido, no Brasil, grandes impactos sociais e econômicos. Orçamentos públicos e privados estão submetidos a um momento de detalhada revisão, com uma definição criteriosa das prioridades e com maior cautela na escolha do “para que” e “quando” dedicar recursos cada vez mais escassos.

O investimento em inovação é fundamental para o País superar essas dificuldades. O desenvolvimento de uma vacina em tempo recorde se tornou fator estratégico não só pela questão de saúde, mas pela sua importância para a retomada da economia.

No âmbito empresarial, a digitalização é fundamental para a sustentabilidade e o desenvolvimento de novos modelos de negócio. Entre os três pilares fundamentais definidos pela União Europeia (UE) para o combate à COVID-19 nos próximos anos, está a digitalização e, portanto, o investimento em tecnologia e inovação.

O estudo “América Latina: una agenda para la recuperación”, feito em parceria pela Fundação Iberoamericana Empresarial e a Fundação Euroamérica, define estratégias para o cenário pós-Covid. No mesmo molde destacado pela UE, o estudo recomenda a melhoria dos marcos regulatórios e o reforço nos ecossistemas digitais.

Ou seja, os investimentos em inovação são vistos como fortes indutores da recuperação econômica e estão sendo considerados como fundamentais para a recuperação da economia no mundo. Infelizmente, o estímulo a esse tipo de investimento não vem ganhando o mesmo tratamento do governo brasileiro, seja pela necessidade de adequação dos incentivos já existentes, seja pelo próprio risco de continuidade dessas políticas.

Assim, temos testemunhado drásticas reduções nos orçamentos de Pesquisa e Desenvolvimento (PD&I) das empresas nacionais. Movimento iniciado ainda em 2020, mas potencializado em 2021.

É possível verificar uma diminuição significativa dos investimentos na infraestrutura interna e na mão-de-obra para PD&I nos anos em questão, e este é um fato alarmante, afinal, os postos de trabalho nas áreas de PD&I têm perfil complexo e por isso não é simples repor profissionais tão capacitados.

Criar soluções alternativas requer conhecimento teórico de base, conhecimento aplicado, criatividade e alta experiência prática. A perda desse tipo de recurso humano pode demorar anos para ser reposta, o que terá reflexos na evolução tecnológica e na competitividade da indústria nacional. Podemos estar falando de um atraso de 5 a 10 anos.

O Brasil apoia suas empresas inovadoras usando, preponderantemente, financiamentos e incentivos fiscais. Estudos dos últimos 25 anos concluem que ambas as políticas devem coexistir, e que a política tributária é a mais apta para estimular o investimento privado. Estudos da Comissão Europeia, CNEPI francês, OCDE e Instituto Monetário Internacional concluem que o incentivo fiscal gera um aumento de 13% a 28% da atividade de PD&I.

Outra conclusão da OCDE é a de que a efetividade dos incentivos fiscais depende do marco regulatório e da sua continuidade. Assim, é importante que os governos mantenham estabilidade e clareza nas políticas fiscais, para minimizar a insegurança jurídica das empresas.

O principal mecanismo de fomento à inovação no Brasil é a Lei 11.196/05, conhecida como Lei do Bem , em especial na parte dos incentivos fiscais. Ela permite que de 20% a 34% dos valores investidos em PD&I, anualmente, sejam deduzidos do imposto de renda (IRPJ) e da contribuição social (CSLL).

A Lei do Bem tem sido o principal motor de estímulo para a manutenção e o incremento da infraestrutura de PD&I. Porém, há pontos que precisam ser aperfeiçoados, a exemplo do fomento de parcerias com startups e ICTs ou dos valores aplicados em fundos de investimentos para a inovação.

Chama muita a atenção a necessidade de a empresa ter que gerar lucro fiscal para ter acesso ao incentivo. Ou seja, o fato de encerrar o exercício em prejuízo fiscal elimina automaticamente a opção do seu uso. No atual cenário de pandemia, essa exigência irá, na prática, excluir grande parte das empresas do acesso aos incentivos nos próximos anos, o que resultará na redução dos orçamentos para PD&I, na diminuição de postos de trabalho e no risco de perda de competitividade.

A rentabilidade das empresas é um ponto emergencial da política de inovação e, diante desse cenário de crise econômica e consequente perda da rentabilidade das empresas, vislumbrou-se a possibilidade de publicação de uma medida provisória que suspendesse a necessidade de lucro fiscal, para uso do incentivo fiscal, pelo menos durante 2020, 2021 e 2022.

Infelizmente, a publicação da medida está demorando mais do que o previsto, tanto que as empresas não a levaram em consideração ao definir os orçamentos de 2021. Isso aumenta o risco de desmobilização de infraestrutura tecnológica e de atraso na competitividade nacional.

Ciente da necessidade de adequação da principal política de fomento à inovação nacional diante do cenário da pandemia de Covid, a deputada Luísa Canziani (PTB/ PR) apresentou, em outubro de 2020, o Projeto de Lei de nº 4.944/20 que visa o aprimoramento da Lei do Bem . A proposta altera especialmente quanto ao uso do incentivo pela empresa em prejuízo fiscal, mas também tem o objetivo de buscar a manutenção dos investimentos e dos postos de trabalho.

A deputada, que é reconhecida por sua atuação em temas relacionados a educação e PD&I, explica que o projeto, além de enfrentar a trava do lucro fiscal para utilização do incentivo, busca criar segurança jurídica para o usufruto dos incentivos fiscais da Lei do Bem pelas micro e pequenas empresas.

A expectativa da parlamentar é que o PL 4.944/20 seja aprovado ainda esse ano, mas ressalta que a publicação de medida provisória, para ao menos suspender a necessidade de lucro fiscal para utilização da Lei do Bem, seria um importante passo do Poder Executivo para sinalizar a importância desse tipo de investimento para o desenvolvimento e recuperação da economia nacional.

Outro ponto de fundamental importância, é a continuidade das políticas de fomento à inovação no Brasil, e essa continuidade foi colocada em xeque com a promulgação da Emenda Constitucional nº 109/2021, que no seu artigo 4º prevê a redução de incentivos fiscais de forma linear.

Tal medida, coloca em risco diversos incentivos fiscais concedidos no Brasil para apoio das atividades de PD&I sem qualquer análise de mérito ou de importância estratégica para o país, representando mais um duro golpe nos investimentos em inovação realizados pelas empresas nacionais.

A deputada Luisa Canziani mostra preocupação com o texto promulgado pela EC 109/21 e defende que haja uma discussão maior sobre o tema no Congresso Nacional antes da realização de quaisquer cortes, além disso menciona que deputados e senadores estão estudando formas de blindar os incentivos considerados estratégicos para o desenvolvimento do país, como os relacionados a PD&I.

A parlamentar reconhece a importância da manutenção desses incentivos e também da previsibilidade que tais políticas de fomento devem ter, ainda mais diante de cenário tão controverso como o que vivemos hoje.

A medida descrita no artigo 4º da EC 109/21, além de colocar em xeque os incentivos fiscais relacionados a inovação no Brasil, também levam um clima de incerteza para as empresas nacionais, que já estavam adotando políticas mais cautelosas de investimento em PD&I, por conta do cenário econômico mundial, e agora, tendem a diminuir ainda mais os gastos pelo menos até possuírem uma visão mais clara do que ocorrerá com os instrumentos de fomento à inovação nacional, entre eles a Lei do Bem.

O momento é de fortalecimento dos ambientes e dos investimentos relacionados a PD&I e não de desmobilização de políticas, perda de postos de trabalho qualificados e de competitividade, assim, é de suma importância que as políticas de fomento à inovação no Brasil sejam mantidas e aprimoradas, conforme o PL 4.944/20 da Deputada Luisa Canziani, fortalecendo a retomada do crescimento no país pós-pandemia.

Feliciano Aldazabal, diretor de Inovação do FI Group.

Texto por: TI Inside | www.tiinside.com.br

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fbenevides 30 de abril de 2021 0 Comentários